quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Pecar é bom...


Antes de tudo, desculpem a ausência da última semana. Faculdade em fim de semestre aperta!

Agora é a vez de Sete Pecados.

Walcyr Carrasco mostra que mais uma vez sabe o que faz. O autor que, indiscutivelmente, reina na faixa das 6, agora é a grande promessa das 7 horas. Sua estréia no horário coube a 'Sete Pecados', uma comédia romântica de fórmula certeira. Um bom elenco, misturado a uma boa produção, com uma excelente direção e autoria acertada, não tinha como dar errado. Comédias românticas são a chave do horário, que por muitas vezes já foi preenchido pelo célebre Antônio Calmon e também por Carlos Lombardi, autores das memoráveis 'Um anjo caiu do céu' e 'Uga-Uga', respectivamente.

Cláudia Jimenez está impagável na pele de Custódia, toda atrapalhada e com bordões pra lá de cativantes. Falando em bordões, eles invadiram a tela e caíram nas graças do povo. É só ouvir Elvira pra sir repetindo "Eu sou chic de doer!". Ver Ary Fontoura ao lado de Nicete Bruno todos os dias também não é pra qualquer um. Eu que já vi Nicete no teatro, sou cada vez mais fã. Priscila Fantin está se firmando na carreira, marcando espaço e fazendo a diferença! Giovanna Antonelli está impecável, merecia um post exclusivo. É maravilhoso vê-la no ar em dois papéis totalmente opostos: de um lado a doce Clarice e de outro a maquiavélica Bárbara de 'Da cor do pecado' (de João Emanuel Carneiro). Reynaldo Gianecchini é minha grande decepção, mais uma vez. Acredito eu, que essa é sua personagem mais consistente até hoje, e deixa muito a desejar. Seu ponto de tensão fica patente: nas cenas de maior exaltação o ator imposta a voz no céu da boca (fica fanho mesmo). A grande surpresa dos últimos dias é Marcelo Médice, que está perfeito em sua dupla personagem. Ao lado do mordomo Antero, a prima Zizi, do interior, arranca risos até dizer chega. O ator se mostra brilhante!

Sempre gostei da trama. Abertura, de Hans Donner, é muitíssimo bem feita. Os quadros congelados e a câmera circundando o cenário trazem uma inovação mais que original. A produção é das melhores (não é à toa que Marquinhos está lá, hehehe). Jorge Fernando, no núcleo, se firma cada dia mais nas comédias, fazendo o que sabe de melhor. Perto da reta final, a novela começa a tomar rumo, desfazer as tramas. Dante já está ciente de seus sete pecados. Agora é esperar pra ver. Essa novela vai deixar saudades, e sua sucessora vai ter uma árdua tarefa pela frente: segurar a audiência, cada dia mais arisca.

5 comentários:

Anônimo disse...

Uma novela que pretendeu alavancar a audiência da Rede Globo,mas não conseguiu. No entanto não fracassou também, logo fica na margem do não pecar. ( audiência média de 33 pontos )
Esse comentário é sendo meramente matemático, pois como observador noto que a novela realmente não pecou. A história que segue o estilo "bolacha água e sal com requeijão" de Walcyr Carrasco tem um tempo de comédia e drama agradável. Não assisto cotidianamente, porém quando vejo dou boas risadas com o elenco.
No entanto, a minha admiração não fica a ninguem do elenco e sim ao autor: Ele que estreiou na Rede Globo, se não me engano com a novela O Cravo e a Rosa e teve seu ápice com Chocolate com pimenta.
Boa sorte a sucessora realmente, e que Walcyr Carrasco continue nos brindando com romances tão singelos e apaixonantes, pois as histórias de um amor impossível sempre serão base de um bom texto, basta saber relacionar com o presente, e ele esta fazendo de maneira brilhante em Sete Pecados.

Zylo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Zylo disse...
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Zylo disse...

"A abertura, de Hans Donner, é muitíssimo bem feita. Os quadros congelados e a câmera circundando o cenário trazem uma inovação mais que original."
Original? Nos dias de hoje? Fala ´serio!xD
Qualé João, tu sabe que nessa época de CTRL-V e CTRL-C não dá mais pra ser original!
E a abertura do 7 pecados foi totalmente chupinhada de um comercial! Dá uma olhada aqui:
7 pecados VS IKEA

João Oliveira disse...

Ao me referir a originalidade da abertura, quis dizer que é sim, uma coisa nova no gênero que eu me proponho a discutir. E em novelas, isso não foi visto anteriormente. E ainda que tivesse, ser original não significa exatamente inventar.