quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Cartas a um irmão


Estréia dia 27 de novembro, no Cine'n'fun do Alameda Quality Center em Bauru.

O curta-metragem “Cartas a um Irmão”, baseado na obra de Edson Rossatto, conta a história de Beatriz, uma jovem que se vê desesperada quando, abruptamente, perde contato com seu irmão. “A partir do conteúdo das cartas em que Beatriz envia ao irmão, como lembranças dos tempos em que viveram juntos, nós construímos as situações do curta”, explica Natália Torres, diretora do filme.Segundo a estudante, a escolha por um autor não muito conhecido partiu do intuito de contar com a contribuição do escritor no processo de produção do curta. “Queríamos uma obra nacional e os direitos autorais para sua adaptação, por isso tínhamos que escolher um autor acessível e que tivesse material publicado. Além disso, Rossatto tem ajudado bastante na produção, sem, é claro, tirar nossa liberdade”, completa.
Para acompanhar o trabalho da equipe, acesse: http://cartasaumirmao.blogspot.com/

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Sua majestade, Antonio Calmon


E graças a Deus, parece que os bons ventos estão de volta. E eles sopram no melhor dos cenários: na praia! Três Irmãs, era a carta na manga pra tentar um novo up às 7.

A antecessora, Beleza Pura, não foi tão beleza pura assim... começou, terminou e ninguém viu... nem um bom texto pra finalizar essa novela me rendeu. Beleza Pura transcorreu na maior das previsibilidades. Nenhuma novidade, nem um giro se quer. A estreante Andréa Maltarolli não acertou na mão. Se a trama não se perdeu, também são se sustentou...

Mas o que me interessa aqui, mesmo, é falar sobre a nova das 7. E falar bem! Antonio Calmon é o mestre das comédias românticas - que me digam os bons tempos de "Um anjo caiu do céu". Três irmãs que mais parece apelar com três protagonistas de peso, na verdade vem com muito conteúdo e pronta pra arrasar! O trio feminino dispensa qualquer comentário; pena que seus parceiros não correspondem à altura.

Minha grande aposta é Cecilia Dassi, um doce! Ótima atriz e ótima pessoa. Vem ganhando cada vez mais destaque e está deixando de ser a menininha meiga pra ser tornar uma atriz de todos os papéis! Suas cenas no primeiro capítulo foram de arrasar!

A personagem Waldete é uma das melhores construções que vi nos últimos tempos. Uma pena estar nas mãos de Regina Duarte.

Vera Holtz de vilã, com aquele cabelo todo esbranquiçado é algo que me encanta! A atriz é uma de minhas favoritas, mesmo eu não tendo gostado de suas primeiras cenas ontem.

Nota 10 para a produção da cena do acidente, chuva e tudo o que temos direito! É a Globo mostrando por que É a Globo. Aliás, belíssimas festas! Festa em novela é o que tem de melhor!

É isso aí, mais uma vez a dupla Antonio Calmon e Denis Carvalho, aliada a Amora Mautner e José Luiz Villamarim, mostrando que Brasil ainda faz dramaturgia como ninguém!

P.S.: Eu continuo gostando das séries...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Eu me rendo!


Pois bem, alguns notaram que estive um tempinho sem postar. Passei muito tempo tentando me convencer do contrário daquilo que estava acontecendo comigo, e resistindo à tentação. Primeiro porque sou teimoso; e depois porque eu tinha receio do que pudesse encontrar. Acontece que em uma semana assistindo séries, eu confesso: já não tenho mais tanta paciência para minhas queridas novelas.

Vá lá que o Brasil (leia-se TV Globo) entende muito de dramaturgia. Mas nem eu mesmo consigo aturar as novelas da ocasião. Ciranda de Pedra que prometia ser boa, ficou com medo e perde por absoluta falta de coragem; Beleza Pura caiu na mesmice, pra não dizer no ostracismo; e A Favorita perdoe-me deus... nunca vi uma novela tão fora do eixo (até sabotagem de bastidores já tivemos!) Não sei se pelo longo período, se pela cultura nacional ou pelas próprias emissoras, a telenovela não permite mais novos vôos. A formula está ultrapassada? Talvez sim. Está na hora de investir em algo novo? Certeza que sim.

Ao que me recordo, o "grande" divulgador das séries no Brasil é o SBT. Mas como todos conhecem o bom humor do Homem do Baú, nada por lá parece funcionar direito. Bom, antes isso do que nada. Inclusive o SBT investe no grande sucesso da atualidade: Gossip Girl; no Brasil, "A Garota do Blog" (alguém pode me explicar por que essa bizarrice? Não bastava manter o título original? Pensei que o contrato com a mexicana Televisa já tivesse sido rompido... mas enfim...).

Onde eu quero chegar com isso tudo? Mais do que investir nas enlatadas americanas (que hoje sim são de muita qualidade, ao contrário dos antigos filmes que preenchiam nossa programação nos primeiros anos da TV brasileira), falta ao Brasil permitir-se mais. Ter coragem de arriscar (e muito provavelmente acertar). Minha cabeça ainda não raciocina muito bem na velocidade das séries, mas pelo menos eu estou disposto a aprender!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Não é a mamãe!


Vá lá que Lília Cabral deu um show à parte em sua cena de ontem, mas definitivamente já vi coisa melhor nesse horário. A Favorita, novela de João Emanuel Carneiro, mais parece político em época de campanha: promete um mundo, mas mostrar serviço que é bom... nada.

Tanto suspense foi feito em torno dessa que prometia ser uma das melhores novelas das 8, e super inovadora que eu ainda me encontro em dúvida: ou não tem nada do que me foi dito, ou eu realmente não estou entendendo essa novela.

Tudo é mais do que clichê. Se a falta de repertório e notória em qualquer novela, e os temas já estão esgotados – como se desculpa a maioria dos autores – Carneiro não se dá ao trabalho se quer de tentar reinventar a roda: as situações são as mais previsíveis: a pobre que quer virar rica; a filha rejeitada; o esotérico natureba; a mulher injustiçada; o político corrupto...

O que mais me chateia, é que previsíveis mesmo estão as atuações de todo o elenco. E não por falta de talento. Tenho pra mim que tudo isso é resultado do texto, que não possibilita margem à criação dos artistas. Apenas Cláudia Raia foge à regra, e vem esbanjando criatividade.

Só não posso deixar de elogiar a abertura, que realmente é muito boa. Mas como isso não é obra do autor...

Sei não viu... essa coisa de muita propaganda pra pouco produto não me engana mais. A única coisa de que eu tenho certeza é que essa não é a minha favorita.

terça-feira, 15 de julho de 2008

A hora e a vez de Gustavo Leão


As honras da vez são de Gustavo Leão. Volta e meia eu me perguntava o que esse menino tinha de tão "tão" para que a Globo investisse todas as fichas nele. Pois a resposta veio essa semana; e para eliminar todas as dúvidas: Gustavo teve grandes cenas em 'Beleza Pura', nas quais pode mostrar o seu potencial.

Talento eu sempre soube que ele tinha. Só não sabia que tinha de sobra. Mais do que protagonizar cenas hilariantes ao lado de Ísis Valverde (que também merece muitos aplausos e elogios), o jovem ator se revela um artista de primeira qualidade. E isso posso afirmar por diversos fatores:

Gustavo tem a voz certa pro momento certo. Além disso, suas expressões corporais e faciais transmitem exatamente o que lhe é proposto, sem exageros ou sem mesmo deixar a desejar. O que mais me chama atenção em Gustavo é o seu timing. As pausas dramáticas vêm na medida certa, e se adequam precisamente ao tipo de cena em que ele está. Ele não é daqueles artistsa de atuação do tipo medíocre, que têm a mesma construção de personagem em diferentes papéis, ou a mesma exteriorização para diferentes sentimentos. Comédias em tempos de comédia; seriedade em tempos de seriedade.

Todo ator depende de espaço para demonstrar seu trabalho. E Gustavo vem conquistando muito bem o seu, fazendo por merecer, e mostrando que não é apenas mais um galãzinho que se deu bem às custas de suas feições, mas que esbanja talento!

O que tenho a dizer é "Parabéns, Gustavo!" pelo belo trabalho que vem desempenhando, e parabéns à TV Globo, que soube reconhecer e dar espaço a um ator de tanto talento.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Cartada de mestre


Se eu falo bem da Globo, muita gente já vem com quatro pedras na mão, dizendo que eu sou puxa-saco. Me desculpem, mas na verdade eu tenho bom gosto! (e modéstia, claro hehehehe)

Mas a coisa é série, gente. Qualquer novela que esteja prestes a estrear, a TV Globo já coloca no ar o Diário de Bordo da produção para que seus telespectadores possam acompanhar de perto como está o andamento.

Pois bem. Essa tal de SBT pensou em dar a cartada de mestre, recolocando no ar um dos maiores sucessos da teledramaturgia nacional: Pantanal, da extinta TV Manchete (ah, saudades dos velhos tempos em que não existia Rede TV!).

Acontece que hoje, fui feliz ao site do SBT (que começa com um pseudo-jornaleco sensacionalista e pobre - de espírito mesmo!) pra coletar algumas informações da novela e tudo mais. Para a minha NÃO-surpresa não tem nada no site... apenas um videozinho da abertura de Pantanal e só! Na seção das novelas não há nem sombra de Pantanal.

Isso me ocorreu recentemente, quando visitei o site da Rede Record em busca de uma informação sobre Caminhos do Coração. Também não estava atualizado como deveria, com os devidos créditos, e dos quais eu precisava.

Enfim, SBT fez muito bem ao resgatar essa belíssima novela. E para minha surpresa colocou-a num horário adequado, uma vez que é uma antiga produção, e se fosse tratada como nova, soaria obseloto. Assim, traz uma aura de minissérie, uma produção de época, ainda que não o seja. Uma pena que o SBT consiga estragar tudo o que faz.

E depois SS se pergunta: por que eu não chego lá? (plim plim!)
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domingo, 8 de junho de 2008

Mais intrigas do que amor

Record é uma emissora de foco. Tanto que, o foco em Os Mutantes é tão evidente, que Amor e Intrigas ficou meio esquecida pela emissora.

É claro que Amor e Intrigas não é o carro-chefe da emissora. Mas a produção, que começou boa, vem perdendo qualidade. A trama é bem superficial, e os recursos notoriamente limitados.

Esses dias reparei que praticamente uma semana de novela se passa em apenas um dia dramático. Seria isso economia de roupa do elenco, gente? Nunca vi uma história se arrastar tão lentamente quanto essa. Observei também um detalhezinho que foi muito engraçado: estavam servindo um pseudo-suco de laranja com cenoura e beterraba (sim, uma das personagens teve que pronunciar esse gigantesco nome que poderia muito bem ser reduzido a laranja!); acontece que o pseudo-suco de laranja com cenoura e beterraba era da cor Morango Tang! Mais vermelho impossível. E beterraba não tem o mesmo tom que Morango Tang. Ah, não tem mesmo!

Agora, nada pior do que Otaviano Costa. Eu gostava muito dele enquanto apresentador, mas como ator... é... então...

O que eu quero dizer, é que eu não tenho muito a dizer, porque eu realmente acho a trama muito vazia, perdida no espaço, coitada. Como citei no começo, a preocupação da Record com seus mutantes foi tão grande, que Amor e Intrigas foi deixada de lado sem a menor consideração. Pior pra toda equipe, que sai perdendo muito ao fazer um grande esforço em vão.

Mas no meio dessa confusão toda, não posso passar despercebido pela presença de Denise Del Vecchio. A atriz encanta onde quer que esteja, e pelo menos consegue salvar suas cenas do ostracismo em que se encontra afundada toda a novela.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

O México é logo ali!


A novela das oito já começou? Se já começou, por favor, alguém me avisa, porque eu ainda acho que tô vendo novela das sete no horário errado...

Mas, com essa novela mesmo que tá passando, eu descobri que o México é logo ali, no Projac mesmo! Legal isso. Se um dia eu pensei em fazer novela mexicana, não preciso mais ir pra muito longe, né.

Brincadeiras à parte, deixando de me fazer de desentendido, A Favorita está no mínimo muito estranha. Mas tem coisa que não dá pra passar né. A novela é brega ao extremo! Como alguém consegue estragar Cláudia Raia desse jeito, gente?

Giulia Gam recém-saída de Amélie Poulain; Naomi Campbell mudou seu nome pra Taís Araújo; a trilha sonora veio diretamente de O rei do gado, com direito a dupla sertaneja própria e tudo (Deus me livre...); José Mayer no melhor estilo Estrela-Guia; e a Sol, claro, que voltou dos Estados Unidos e veio direto de América pra cá. Resumindo, essa novela é um intertexto total! Tem tudo, menos cara de novela das oito. O clima mesmo, é típico de novela das sete.

Eu já tinha meu pé atrás, assumo. João Emanuel Carneiro até então só havia tomado frente de dois projetos: Da cor do pecado e Cobras & Lagartos, ambas exibidas às sete. Talvez isso tenha influenciado um pouco no modo do autor conduzir sua história. Mas até aí não é defeito da novela (até porque gostei muito das duas anteriores que ele escreveu); é uma questão de adequação.

Pra não dizer que não gostei de nada, o elenco é muito bom. Gostei de ver Carmo Dalla Vecchia num papel de destaque. Foi para entrar na história, a cena entre Carmo e Patrícia Pillar em frente ao Theatro Municipal (de São Paulo) debaixo de toda aquela chuva (foto). Linda! A cena de Cláudia e Carmo na redação após a festa também foi das melhores, muito bem humorada. E, claro, a presença de Ary Fontoura e do casal Glória e Tarcísio, que dispensam qualquer comentário!

Mas o pior de tudo ainda está por vir. Juliana Paes vai deixar a novela. É isso mesmo... numa jogada completamente anti-ética (a meu ver) Glória Perez solicitou a atriz para a TV Globo que parece ter liberado. Juliana será a protagonista de Caminhos da Índia, novela de Glória que tratará da imigração dos indianos ao Brasil. Não me recordo de nenhum caso desse tipo dentro de uma mesma emissora. Sabotagem entre colegas de trabalho. Eu que tomei partido de Glória na sua briga com Jaime Monjardim, na época de América, começo a repensar minha opinião.

Enfim, não achei lá essas coisas e ponto.

terça-feira, 3 de junho de 2008

2 = 1


Sinceramente, não tenho muito o que dizer de Os Mutantes. Pra começo de conversa, não entendi por que a Record está fazendo esse auê todo...

Caminhos do Coração veio, digamos, em caráter experimental: se o projeto tivesse aceitação, ótimo; se não tivesse, era só o autor Thiago Santiago desviar o foco para uma historinha de amor, que estava tudo certo. Por isso o nome Caminhos do Coração - a maneira mais singela de ter uma boa carta na manga!

Pois bem. Projeto bem sucedido, a Record botou as asinhas de fora e investiu pesado de vez! A continuação de Caminhos do Coração está no ar. Os Mutantes - Caminhos do Coração. Sim, a Record subestima seus telespectadores e mantém o título antigo em segundo plano, achando que alguém seria lento a ponto de não perceber a ligação entre as duas tramas.

Duas tramas? Na verdade é tudo uma coisa só, pura e simplesmente. A grande-mínima diferença, além do nome escancarado, é a estética do produto. O modelo de novelinha água-com-açúcar foi abandonado, e o estilo Heroes invadiu a telenovela brasileira, sem cerimônias! A propósito: Caminhos do Coração terminaria dia 2, para Os Mutantes estrear "com tudo" no dia 3 (odeio isso de novela terminar na segunda-feira... mas, enfim, estou falando de Record, não posso me esquecer). Acontece que Os Mutantes começou com as cenas finais de Caminhos do Coração. Trocando em miúdos, ninguém faz a mínima questão de disfarçar que estão todos empolgadíssimos com a pseudo-nova idéia e arranjaram essa desculpa de fim de novela só pra trocar o nome.

Fim das contas é isso: os personagens foram mantidos e a trama é praticamente a mesma. Os mutantes tomam conta de todo o espaço e a batalha bem versus mal vem a todo gás. Se vai ser bom, não sei; só sei que é igual ao que já era... mas só pra constar: apesar das mudanças serem mínimas eu gostei do que vi! Gostei muito pra falar a verdade. E esse fuzuê da Record nada mais é do que estratégia pra desviar a atenção do público da concorrente.

sábado, 31 de maio de 2008

Quantas caras você tem?

Fim de Duas Caras, e no fim das contas, nada de muito surpreendente, poucas coisas merecem comentários.

Pra começar, quero dizer que gostei (e muito) do destino de Sílvia. É meus amigos... Paris cura qualquer loucura! Só não gostei da "terrinha de índios cheia de mosquitos". Mas...

A cena da briga entre Célia Mara e Branca foi divertidíssima! Fundo musical perfeito contribuindo para a melhor mise-en-scène dos últimos tempos. Seqüência brilhante!

Destaque do casamento coletivo foi sem dúvidas Gislaine com seu discreto modelito. Melhor impossível! Garantiu boas risadas, com muito bom humor!

Mas como nem tudo ao flores, algumas coisas me intrigaram.

Globo, Globo... vai ver se eu tô na esquina... então quer dizer que gay casa mas não beija? Não entendo esses falsos pudores. Ferraço e Maria Paula transando às claras no hospital pode, mas beijo gay não pode? Pela milésima vez a seqüência foi escrita e ignorada pela cúpula da emissora.

Wolf Maya = Sufocador? Pura auto-promoção. Lamentável! Também não gostei do discurso de Evilásio na posse da Portelinha. Muito "meu mundinho é perfeito e eu amo meu povo"... e, principalmente, quando eu vi aquele novo cabelo da Branca, me perguntei seriamente: será Suzana Vieira, ou Xororó? Forçadíssimo (além de muita pretensão do autor) o fato de "A batalha da Portelinha" ganhar o primeiro Oscar para o Brasil. Seria definitivamente o caos do cinema nacional.

Feliz mesmo fiquei com a seqüência final: Maria Paula dando o troco em Ferraço na mesma moeda, coroando a essência da trama – "sou a mocinha, mas não sou idiota". E acho que esse foi o grande triunfo do autor. Ninguém é simplesmente bom ou mau. É mostrar que o ser humano se adapta ao que melhor lhe convém, sabe tirar proveito, explorar, e ao mesmo tempo ser solidário e amigo.

Bola dentro!

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Pra bom entendedor...


Serei breve, sem filosofias...

"ISSO É CENSURA! "

À altura!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Pérolas de Caminhos do Coração


Já disse várias vezes que estou gostando muito (mesmo) da programação de dramaturgia da Record. Mas eis aí uma relação das melhores "pérolas" de Caminhos do Coração:
  • A maquiagem dos atores é absurdamente mal feita! Reparem, sobretudo nas mulheres, na diferença de tom entre o rosto e o colo... estão muitíssimos mais pálidas! Dá pra ver em Amor e Intrigas também.
  • No meio de uma luta dos mutantes tudo pára: vamos orar como o Bispo Macedo ensinou ... (totalmente fora de hora essa cena...)
  • A ex-quase Miss Universo Natália Guimarães estreou como a mulher-aranha (...respira...). Apesar de uma boa expressão facial, ela tem uma péssima técnica vocal, pronunciando mecanicamente suas falas; pontos de tensão na boca, no pescoço e nos olhos (que fazem ela olhar com cara de desconfiada o tempo todo). Meiga demais pra uma viúva-negra...
  • Gabriel Braga Nunes está pagando seus pecados, vivendo o seu segundo vampiro (o primeiro foi em "O Beijo do Vampiro", da TV Globo). Se Drácula precisar de um estagiário...
  • Falando em vampiros, me diverti horrores no banquete deles: entre várias guloseimas bizarras, tínhamos brigadeiros de leucócitos e maçã-do-amor de plasma (vermelhos??)
  • Como eu já disse, o texto de Caminhos é hilariante. Colhi duas célebres frases nessa segunda (19/05). São elas: "Minha cabeça pulsa em intermináveis lampejos de dor" ( = PQP, Q DOR!). E "Você vai ter que erradicar essa pessoa da face da Terra" (imagina se fosse um povo inteiro...)
  • O tema dessa novela já é muito arriscado (pra ser simpático e não dizer forçado) pra uma trama tão longa. Quem dirá pra duas... e como fazem os mutantes: "Senhor, dai-me paciência..."
  • Enfim, uma coisa me surpreendeu no meio disso tudo! Ia falar bem da personagem Isis. Mas como ela é nova e o site da Record é muito bom, não tem nada dela lá... fiquei com raiva desse descaso e não vou me dar o trabalho de procurar! Depois eu dedico um tópico só pros atores injustiçados, tadinhos...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Na boca da Band

Bem que eu tentei, mas assistir novela na Band realmente é um pouco difícil... mas vamos aos fatos.

Nos primeiros 5 minutos, 4 erros grotescos:
1. O primeiro capítulo de Água na Boca foi ao ar antes do último de Dance³. Duas ao mesmo tempo não dá né... pelo menos nisso o SBT, com seus mexicanos, não errava.
2. Narração logo de cara, com uma voz feminina não muito agradável. Não passava credibilidade nenhuma... parecia que a própria narradora tava achando aquilo enfandonho.
3. Numa cena na cozinha, veio um cozinheiro do nada, correndo por nada, e se estabacou no chão! Nossa, que primário, que infantil, que mau gosto!
4. Inserções sonoras de desenho animado (por essa eu juro que não esperava! Fim de carreira total).

Outra coisa que me irritou muito (muito mesmo): na Globo (que são outros 500...) a novela entra no ar no site antes do começo, pra fazer uma propagandazinha, você se enturmar, se sentir em casa quando a novela começar, pras tias fofocarem de como vai ser e tel... efim... Água na Boca não tá no site da Band! Pasmem! O trem já partiu e ninguém subiu! Tem duas notícias meia-boca e nada mais (Entrou no ar hoje, terça-feira 13/05, um dia após o início da novela e desse post).

A abertura me agradou bastante! Gostei mesmooo! Até que enfim uma coisa boa! Mas como nada lá é 100%, os caracteres são em fonte cursiva. Letrinha de abertura tamanho 8, passando rápido e cursiva não dá né...

Mas eu vou dar meu voto de confiança. Até porque achei que Rosane estava ótima; e pra minha surpresa Caetano O´Maihlan também estava muito bem! O casal deu certo junto. A cena que está na foto foi linda, por sinal. Fiquei esperando Marisol Ribeiro e Gustavo Duque, mas nada... mas teremos tempo.

Enfim... a trama é bem primária. Mais que água na boca, é água-com-açúcar... e confesso que pra Band eu ando meio diabético ultimamente... mas vamos em frente!

Ah, antes que eu me esqueça... sobre o fim de Dance Dance Dance, peço licença à Copélia, e 'prefiro não comentar...'

sexta-feira, 9 de maio de 2008

E finalmente a dança acabou

E graças a Deus, Dance Dance Dance chega ao fim nessa segunda! E confesso que fiquei até o último segundo tentando descobrir qual era a da novela. Temática infantil nos moldes adultos. Absolutamente tudo fora de esquadro e fora da realidade – não no sentido da verossimilhança, mas no que é produto genuíno para a TV.

Elenco absolutamente fora de qualquer tom. Diálogos e cenas que beiram o ridículo, cenografia e videografismo inacreditáveis – pena que inacreditável no pior sentido. E pior ainda é que ninguém desconfia ou se constrange pelo papel a que se prestam.

Me desculpem, mas essa não deu pra engolir. Uma coisa é querer fazer e estar disposto a encarar o desafio de frente; outra coisa é sair empurrando tudo com a barriga e brincar de televisão. Nesse sentido, ponto pra Record, que tem mostrado disposição a fazer bons, novos e ousados produtos.

Bandeirantes deixou claro que boa vontade, em televisão, não é suficiente. Prova mais que concreta de que o barato sai caro. Verba restrita, resultado grosseiro. Tudo deixa a desejar. Sem falar nos patrocinadores, que têm sua marca exibida nos cantos da tela durante as cenas: nem se quer fazem questão de deixar sutil o merchandising.

Ah, e uma curiosidade: vá ao site e salve a logomarca da novela. A trama já chegou ao fim, e o site ainda é um mero "teste".

No fim das contas, o saldo é negativo. E ainda não consigo crer que alguém tenha a coragem de terminar uma novela em plena segunda-feira. Tenho esperanças de que Água na Boca venha (bem) melhor. Até porque Rosanne Mulholland, Marissol Ribeiro e Gustavo Duque não merecem cair numa história do tipo Dance Dance... já foi...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

No caminho certo


A Rede Record vem acertando na mão. Mesmo sendo algo distante da atual realidade da TV brasileira, Caminhos do Coração – que é um misto de Heros, Lost, X-Men, e afins – vem agradando muito ao público.

Tamanha é a popularidade, que a emissora do Bispo acaba de confirmar para o dia 2 de junho a continuação da novela: "Caminhos do Coração – Os Mutantes". A novidade é que a trama será exibida às 21 horas. Na nova trama, os mutantes se dividirão entre o grupo do bem e o do mal. Mas podem ver que mesmo com um tema bem ousado, o plano de fundo ainda é a antiga fórmula água-com-açúcar: o bem contra o mal.

Enfim, o texto ainda continua bem precário, com diálogos forçados, piadas sem graça e metáforas que só não são piores que as do Lula. Porém, o lado bom da história é a produção que realmente evoluiu. As cenas – sobretudo as de luta – estão muito bem coreografadas. Ponto para a equipe e mérito também dos atores, por desenvolver tão bem cenas difíceis como essas. Os efeitos também melhoraram consideravelmente (só achei bem forçada aquela fumacinha na nuca do Homem de Gelo...).

Trilhando o caminho das pedras, a Record tem aprendido muito bem com os erros, e mostrando que bons produtos não são exclusividade da grande concorrente. Bom para todos nós! Atores e técnicos com maior mercado de trabalho, público com maior opção de escolha. Parabéns à Rede Record, que levou o voto de confiança e tem feito por merecer o up no Ibope.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Ciranda na roda viva


Depois de muitas bolas fora, estreou hoje Ciranda de Pedra, uma novela que garante conquistar corações.

A primeira versão, também baseada na obra de Lygia Fagundes Telles, foi ao ar em 1981, pelas mãos de Teixeira Filho e Wolf Maya. O remake, escrito por Alcides Nogueira e dirigido por Denise Saraceni, vem impecável contando com uma produção de primeira e elenco digno de horário nobre.

Logo de cara vemos Ana Paula Arósio, que dispensa comentários. Fechando o triângulo principal temos ainda Daniel Dantas e Marcelo Antony. O núcleo jovem é encabeçado por Max Fercondini (excelente escolha da emissora, por sinal. Além de muito talento, esbanja simpatia) e Tammy di Calafiori, que apesar de já ter feito outros trabalhos, promete ser a revelação do ano – a nova aposta da TV Globo. Sem esquecer de Paola Oliveira, se firmando cada dia mais na carreira promissora.
Pra não dizer que nada saiu do esquadro, achei que Bruno Gagliasso ainda não tem o perfil do engenheiro da trama, por estar novo demais.

Destaco a abertura, que prima pela delicadeza – simples e que nos diz tudo.

Ciranda vem impecável e traz consigo a árdua tarefa de estabilizar a audiência no horário – como todos sabem, a emissora não vem colhendo bons frutos há temporadas nesse horário. A fórmula (que de secreta não tem nada) foi seguida a risca: trama de época, enredo água-com-açúcar, mocinho versus bandido, protagonista que sofre, sofre, até ser feliz lá pelos últimos capítulos... pode até ser enfadonho, mas paciência: é o que agrada.

Agora é esperar pra ver. Ciranda entrou na roda viva da audiência disposta a recuperar o tempo (e os pontos) perdido (s). Boa sorte!

sábado, 3 de maio de 2008

Desejo curto e Proibido

Estamos de volta! Na falta de uma boa motivação, passei um tempo sem escrever aqui. Mas acho que agora terei muito pano pra manga! Uma nova safra parece estar chegando, cheia de novidades.

E pra começar, nada como falar do final de mais uma novela. Dessa vez, Desejo proibido deixou as telinhas de uma maneira não muito feliz. A trama não emplacou e teve que sair do ar dois meses antes do previsto (e pelas vontades da cúpula global, teria saído há muito mais).

O caso é que a faixa das seis vem tendo dificuldades pra se estabilizar já a algum tempo. O horário é mais diversificado, e a concorrência tem percebido isso muito bem. O resultado é uma boa investida dos outros canais, a fim de roubar os pontinhos há muito estabilizados pela emissora carioca. E a estratégia continua dando certo, e Desejo Proibido teve um índice ainda mais baixo que Eterna Magia, novela que também foi encurtada pela já baixa audiência.

Entre trancos e barrancos, a história não foi só decepção, muito pelo contrário. Ter o privilégio de ver Eva Wilma e Lima Duarte todos os dias, e muitas vezes juntos não é pra qualquer um. A última cena merece destaque: impecável, conduzida brilhantemente pelos maiores veteranos da TV brasileira. Tanto que ao fim da gravação, os atores receberam aplausos mais que merecidos da técnica.

Grazi Massafera confirmou que tem talento! A nova atriz esteve muito bem em sua atuação desde o início da novela. Da serelepe moça do interior, louca para casar, à estrela de Hollywood (final surpreendente). A grande revelação foi, sem dúvidas, Aninha Lima. A esposa de Gabriel, o pensador, mostrou muita aptidão e tamanha sensibilidade, que me encantou como a doce Eulália, por coincidência, irmã de Florinda, personagem de Grazi Massafera.

Minha grande decepção foi o casal protagonista. Fernanda Vasconcellos deixou claro que tem um longo caminho a percorrer e muita coisa a aprender. Cedo de mais para encarar sua primeira protagonista. E vejo que isso é uma forte tendência da Globo: gosto muito de Marjorie Estiano mas também não acho que ela esteja no ponto de protagonizar uma novela, muito menos das oito; Gustavo Leão, atualmente como Felipe, de Beleza Pura, é a nova aposta da emissora dos Marinho. Eles não fazem questão nenhuma de esconder a preferência pelo jovem ator, grande aposta da nova geração. Mas, voltando a Desejo Proibido, Murilo Rosa também já esteve melhor em outros trabalhos (se bem que nunca consegui ver muita diferença entre eles).

Depois de tudo isso, fiquei satisfeito com Walter Negrão. A trama era muito boa, tinha tudo pra agradar. Prefiro continuar acreditando que a única e grande falha foi juntar efetivamente o casal protagonista antes de Miguel deixar de ser padre – fato relevante para maior parte da audiência, composta pela terceira idade.

Agora é esperar até segunda-feira para ver a estréia de Ciranda de Pedra. E essa sim, promete vir com tudo, absolutamente impecável!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A espera de um milagre



Milagre do Amor. Esse era o nome oficial da atual novela das seis, Desejo Proibido. Bem sugestivo, não é? Então por que a troca?

Nada escapa aos ouvidos da emissora carioca, e à sombra do primeiro boato de que "só um milagre salvaria o horário das seis", a emissora correu e trocou o nome da trama antes que o comentário se alastrasse imprensa a fora. Mas ainda é possível ver pelos sets as placas de construção com o antigo nome.

Acontece que nem os milagres e nem as tentações de algo proibido foram suficientes. O desejo tem deixado a desejar, e não alcança sequer os índices da antecessora Eterna Magia, que já era apontada como fracasso. O resultado disso é a recente notificação de encurtamento do projeto, literalmente correndo atrás do prejuízo.

Comentários maldosos correm dentro da própria emissora. De produção para produção, a antiga deixa recadinhos apimentados para a atual: "mesmo estando ruim, a gente estava melhor..."

O que nos resta é ter um pouco de paciência e aguardar a próxima cartada da CGP, na esperança de que um verdadeiro milagre realmente aconteça. Duas coisas são certas: Walcyr Carrasco é o dono da faixa das seis, e temas ousados não voltam tão cedo ao horário.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Sem Pecados, agora é só Beleza!




Sete Pecados chegou ao fim essa semana. Pouco a pouco a trama conquistou o telespectador e vai deixar saudades. No fim das contas, o balanço é positivo.

A novela encerrou sua jornada com uma média de 35 pontos no Ibope. Média normal para o horário, que não tem um melhor desempenho desde os tempos de Um anjo caiu do céu (2001). Mas isso não foi uma desvantagem peculiar a Sete Pecados. A verdade é que o formato está se esgotando, e precisamos de uma criatividade além da média para reverter esse quadro. Nisso, ponto pra Record, que mesmo não estando totalmente preparada arriscou suas fichas em Caminhos do Coração, atual líder de audiência na emissora do Bispo, com 15 pontos de média.

Mas voltando a Sete Pecados, o grande destaque da história foi, sem dúvidas, Cláudia Jimenez na pela de sua impagável anja Custódia. Entre confusões, mania de tatuagem e bordões, a anja deu a laçada certeira e segurou a audiência.

Falando em bordões, eles não faltaram na trama. Praticamente todo personagem tinha o seu: "Eu sou chic de doer!", "Papagaio...", "Não sou X9", "Ah, tá, brigada!", "Lesma não!", "Carrapato", "Bigodão..." e muitos outros foram artifício certeiro pra cativar o público e virar mania nacional. Mais créditos pro autor!

Priscila Fantin esteve muito bem como Beatriz. Nem vilã e nem mocinha, a personagem até parecia ter saído de Duas Caras: impecável para não despertar nem ódio, nem compaixão. E Priscila soube dar conta do recado. Aproveito para frisar que Ágatha (Cláudia Raia) saiu da trama para que Beatriz pudesse ter seu ponto de virada, e não por desentendimentos internos como se especulou na época.

Mudanças ocorreram no desfecho. Com isso, nas últimas semanas, o foco recaiu sobre Pedro, personagem de Sidney Sampaio. O jovem ator tem se firmado cada vez mais na emissora carioca, e seu destaque veio por merecer. A atuação, pode ter parecido um pouco clichê, mas estava no ponto certo: sem exageros e sem deixar a desejar. Espero ver Sidney de volta na telinha em breve.

Principal ponto de tensão durante o período foi mesmo a estréia de Walcyr Carrasco na faixa das 7. Talento inquestionável, mas logo no início, os diálogos estavam fora do tom, um tanto quanto parecidos com suas tramas de época que figuram às 6 da tarde. Rapidamente consertados, a trama fluiu com facilidade, sem criar barrigas: resolvendo logo seus conflitos e partindo para mais um dos sete pecados. Mesmo assim, a cúpula da emissora parece não ter ficado muito satisfeita. Nem com Carrasco às 7, nem com Elizabeth Jhin às 6. Walcyr deve mesmo voltar para seu horário de origem, e sabe-se lá quais os planos da emissora para Elizabeth, que não teve bom desempenho em Eterna Magia.

Não posso deixar de lado os agradecimentos a toda equipe de produção, muito atenciosa, gentil, e unida num único objetivo: sucesso. Não no sucesso individual, mas no triunfo de uma ótima equipe. Um abraço especial a Marquinhos, pela valiosa oportunidade! Nos vemos em breve!

Agora é esperar pra ver o que será de Beleza Pura. Vou com calma e não faço aposta alguma. Confesso que venho com um pé atrás. Não só pela autora estreante Andréa Maltarolli; mas nem a trama e nem o elenco me convencem. Mas isso é assunto pra um futuro post.

sábado, 19 de janeiro de 2008

O início de uma nova era


Passar esses dias no maior complexo televisivo da América Latina é uma experiência incomparável, mas vou tentar traduzir em algumas palavras.

Como se não bastasse todo o encanto que há por trás disso, ver a engrenagem funcionando de perto dá um novo gás na vida de qualquer um que sonha estar lá. Participar disso por alguns momentos, ver acontecendo na sua frente, a correria, os erros e os acertos, faz todos os problemas desaparecerem e nos levam pra outro mundo, com toda essa energia que emana por todas as partes.

Labirintos de roupas, de móveis, de tapadeiras, corredores que se emaranham e fazem você se perder em instantes. E a cada desencontro, um novo encontro – um sorriso que nunca sai do rosto, bons dias, caronas, lanches em meio a toda pressa.

Fábrica de sonhos. Sonhos de mentira que se tornam realidade em um piscar de olhos. Minicidades espalhadas por todos os cantos, ilusões que nos fazem sentir em casa. Da Fábrica de Cenários, passando pelo Eixo 300 e indo aos estúdios, o corre-corre mostra que não se pode perder tempo. No Mergulhão todo mundo se encontra, cada um atrás de um objetivo, unidos em um bem comum: levar tudo isso Brasil a fora e fazer mais pessoas sorrirem!

E foi em Sete Pecados que eu sosseguei... hehe... a técnica é atenciosa e receptiva, o elenco muito carinhoso! Jorge Fernando dirigindo é maravilhoso. Por onde passa, não há uma cara que fique amarrada, impossível não dar boas gargalhadas! A produção te recebe de braços abertos (não posso passar batido pela simpatia de Vanessa Anesi. Que prazer!).

Uma pena que já passou... depois disso tudo, só tenho que agradecer a meu grande amigo Marquinhos pela generosidade. Mais do que isso, pela amizade, que já se estende por bons 8 anos, e que tem muito mais pela frente! Te adoro, meu amigo! A Anderson por todos os passeios por aquele mundo, pela recepção, e pela nova amizade! Andréa, Rodrigo e Hugo também vão deixar saudades! Obrigado por tudo moçada! São dias que jamais sairão da minha memória, e marcam minha caminhada.

Hoje é um novo dia de um novo tempo que começou! Bora pra frente!

sábado, 5 de janeiro de 2008

Amigos amigos, novelas à parte


Não ia postar esse texto, mas por sugestão de minha grande amiga Tânia, resolvi colocá-lo aqui, já que essas férias ainda serão longas...

Ao chegar paras as festas de fim de ano, minha mãe disse que havia reservado uma coluna de jornal para eu ler. Tratava de telenovelas e minisséries, meu objeto de estudo na Universidade. E como estudante da área, gostaria de fazer alguns comentários para que não haja nenhuma injustiça com meus futuros colegas de trabalho, autores e diretores, que tanto se preocupam em realizar bons produtos para o povo brasileiro.

Muitos erros, os quais chamamos de "erros de continuidade", realmente ocorrem na telinha. Um sinal da cruz mal feito, ou uma barbearia sem pêlos pelo chão, às vezes escapam aos cuidados da produção. Também acho difícil aceitar esses erros primários, mas na escala em que produzimos televisão no Brasil e com a qualidade que temos, são pecados perdoáveis.

Nosso país é, sem dúvidas, diverso em sotaques. Se por um lado temos apenas uma língua oficial, por outro ela é multifacetada em riquíssimos regionalismos que a tornam singular. E antes do advento da comunicação instantânea, a diferença era ainda mais patente. Sim, o povo mineiro tinha um sotaque muito mais carregado do que o atual, de "r" puxado e fala rapidinha. E assim como gaúchos, nordestinos, aos poucos fomos expandindo nossas fronteiras e aumentando ainda mais a miscigenação da língua, deixando a marca regional pouco mais sutil. O sotaque marcado, forte, muitas vezes pode prejudicar o ator, haja vista a necessidade de comunhão entre este e o papel. Eu mesmo, enquanto ator, já vivi essa experiência.

Em obras de ficção trabalhamos com o tempo dramático, um auxílio que nos permite fazer digressões e omitir fatos não relevantes ao enredo. Lavar as mãos, escovar dentes são atos implícitos ao nosso cotidiano, que não possuem carga dramática suficiente para figurarem todo o tempo. É como se um personagem que está em um hotel precisasse ir ao aeroporto: não é necessário mostrar todo o caminho percorrido; apenas sua saída e chegada. Da mesma forma em que no jornal impresso o espaço representa dinheiro, na TV tempo é igual a dinheiro. Para se ter idéia, uma única exibição de um comercial de 30 segundos em horário nobre está orçada em R$ 320 mil. Não podemos nos dar o luxo de perder esse tempo.

Tomar café da manhã às pressas ou mesmo não tomar também é algo muito comum. Eu mesmo, raramente tomo meu café da manhã em casa no período letivo. Também, o fato de a toda hora as personagens estarem comendo ou bebendo café é uma estratégia de aproximação do público. Em uma pesquisa de opinião, roteiristas da TV Globo, perceberam que o brasileiro sente-se à vontade nas refeições – é um momento sagrado, de encontro com toda a família. Por isso estão cada vez mais presentes na teledramaturgia.

Missa em latim também é algo que requer muita cautela. É do conhecimento de todos que as missas na época retratada em "Desejo Proibido" eram em latim. Mas isso causaria o afastamento do público, sendo inconveniente o uso de legendas a todo momento. Em Hollywood, pro exemplo, produz-se filmes com Jesus em inglês e ninguém contesta por que ele não está falando aramaico.

Em tempos de globalização, é cada vez mais necessário resgatar nossas origens. Se o sotaque carioca dos atores da emissora tomou conta do país e chegou a São Paulo, por exemplo, onde é ambientada "Sete Pecados" e todas as personagens falam o "carioquês" (e de fato há um erro gravíssimo de continuidade), também não podemos passar despercebidos pelo sotaque interiorano de Vera Holtz, atriz de altíssimo nível, que já disse em entrevistas ter problemas com seu sotaque, algumas vezes inadequado às suas personagens. É tudo uma questão de bom senso dos profissionais, que devem, sim, se preocupar cada dia mais em polir seu trabalho para apresentá-lo sempre impecável a essa população que tão bem nos acolhe todos os dias em seus lares.