Vá lá que Lília Cabral deu um show à parte em sua cena de ontem, mas definitivamente já vi coisa melhor nesse horário. A Favorita, novela de João Emanuel Carneiro, mais parece político em época de campanha: promete um mundo, mas mostrar serviço que é bom... nada.
Tanto suspense foi feito em torno dessa que prometia ser uma das melhores novelas das 8, e super inovadora que eu ainda me encontro em dúvida: ou não tem nada do que me foi dito, ou eu realmente não estou entendendo essa novela.
Tudo é mais do que clichê. Se a falta de repertório e notória em qualquer novela, e os temas já estão esgotados – como se desculpa a maioria dos autores – Carneiro não se dá ao trabalho se quer de tentar reinventar a roda: as situações são as mais previsíveis: a pobre que quer virar rica; a filha rejeitada; o esotérico natureba; a mulher injustiçada; o político corrupto...
O que mais me chateia, é que previsíveis mesmo estão as atuações de todo o elenco. E não por falta de talento. Tenho pra mim que tudo isso é resultado do texto, que não possibilita margem à criação dos artistas. Apenas Cláudia Raia foge à regra, e vem esbanjando criatividade.
Só não posso deixar de elogiar a abertura, que realmente é muito boa. Mas como isso não é obra do autor...
Sei não viu... essa coisa de muita propaganda pra pouco produto não me engana mais. A única coisa de que eu tenho certeza é que essa não é a minha favorita.