Sete Pecados chegou ao fim essa semana. Pouco a pouco a trama conquistou o telespectador e vai deixar saudades. No fim das contas, o balanço é positivo.
A novela encerrou sua jornada com uma média de 35 pontos no Ibope. Média normal para o horário, que não tem um melhor desempenho desde os tempos de Um anjo caiu do céu (2001). Mas isso não foi uma desvantagem peculiar a Sete Pecados. A verdade é que o formato está se esgotando, e precisamos de uma criatividade além da média para reverter esse quadro. Nisso, ponto pra Record, que mesmo não estando totalmente preparada arriscou suas fichas em Caminhos do Coração, atual líder de audiência na emissora do Bispo, com 15 pontos de média.
Mas voltando a Sete Pecados, o grande destaque da história foi, sem dúvidas, Cláudia Jimenez na pela de sua impagável anja Custódia. Entre confusões, mania de tatuagem e bordões, a anja deu a laçada certeira e segurou a audiência.
Falando em bordões, eles não faltaram na trama. Praticamente todo personagem tinha o seu: "Eu sou chic de doer!", "Papagaio...", "Não sou X9", "Ah, tá, brigada!", "Lesma não!", "Carrapato", "Bigodão..." e muitos outros foram artifício certeiro pra cativar o público e virar mania nacional. Mais créditos pro autor!
Priscila Fantin esteve muito bem como Beatriz. Nem vilã e nem mocinha, a personagem até parecia ter saído de Duas Caras: impecável para não despertar nem ódio, nem compaixão. E Priscila soube dar conta do recado. Aproveito para frisar que Ágatha (Cláudia Raia) saiu da trama para que Beatriz pudesse ter seu ponto de virada, e não por desentendimentos internos como se especulou na época.
Mudanças ocorreram no desfecho. Com isso, nas últimas semanas, o foco recaiu sobre Pedro, personagem de Sidney Sampaio. O jovem ator tem se firmado cada vez mais na emissora carioca, e seu destaque veio por merecer. A atuação, pode ter parecido um pouco clichê, mas estava no ponto certo: sem exageros e sem deixar a desejar. Espero ver Sidney de volta na telinha em breve.
Principal ponto de tensão durante o período foi mesmo a estréia de Walcyr Carrasco na faixa das 7. Talento inquestionável, mas logo no início, os diálogos estavam fora do tom, um tanto quanto parecidos com suas tramas de época que figuram às 6 da tarde. Rapidamente consertados, a trama fluiu com facilidade, sem criar barrigas: resolvendo logo seus conflitos e partindo para mais um dos sete pecados. Mesmo assim, a cúpula da emissora parece não ter ficado muito satisfeita. Nem com Carrasco às 7, nem com Elizabeth Jhin às 6. Walcyr deve mesmo voltar para seu horário de origem, e sabe-se lá quais os planos da emissora para Elizabeth, que não teve bom desempenho em Eterna Magia.
Não posso deixar de lado os agradecimentos a toda equipe de produção, muito atenciosa, gentil, e unida num único objetivo: sucesso. Não no sucesso individual, mas no triunfo de uma ótima equipe. Um abraço especial a Marquinhos, pela valiosa oportunidade! Nos vemos em breve!
Agora é esperar pra ver o que será de Beleza Pura. Vou com calma e não faço aposta alguma. Confesso que venho com um pé atrás. Não só pela autora estreante Andréa Maltarolli; mas nem a trama e nem o elenco me convencem. Mas isso é assunto pra um futuro post.